L.P. Faustini
Frequentemente tínhamos que fazer esta pergunta para nós mesmos enquanto desenvolvíamos o nosso romance: "Para quem estamos escrevendo?" Não podíamos sair do foco. Se colocássemos fantasia demais iríamos excluir os realistas, se colocássemos as coisas muito pé no chão, excluiríamos os amantes de fantasia. A intenção sempre foi fazer um meio-termo, um balanço. Escolher o "caminho do meio". Devido à sua experiência com história política e medieval, R.M. Pavani fez um trabalho sensacional em trazer o cotidiano desta época para o...
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
CAPÍTULO II - Waldfraiss

O sol ainda estava a
meio caminho de seu ápice quando foram ouvidas as primeiras rajadas dos canhões
trazidos pelos navios inimigos. As pesadas esferas de metal, viajando a uma
velocidade espetacular, riscavam os céus com sons agudos e atingiam o solo em explosões
destruidoras. A cada projétil, dezenas de homens vindos das terras mais remotas
de Sieghard, desde Askalor até a longínqua Vahan Oriental, pereciam em meio a
gritos de dor e...
domingo, 19 de dezembro de 2010
A construção dos personagens
L.P.Faustini
Falar sobre os personagens para mim é como falar da alma do livro. Temos uma história muito bem elaborada, é verdade. Uma trama complexa, posso dizer. E uma série de peculiaridades que em muito difere de outros livros épicos. Eu poderia ter tudo isso, mas sem bons personagens, seria como "o bronze que soa ou como o címbalo que retine...
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Sobre o capítulo I e a primeira parte do livro (Reminiscências)
L.P.Faustini:
Talvez um dos capítulos mais discutidos de toda a narrativa foi o capítulo I. E afirmo que ele foi o último a ser escrito. É lógico: tínhamos o esboço dele, uma vaga idéia, apenas para continuarmos escrevendo. Mas faltava um cenário. E queríamos esconder a identidade dos personagens. No entanto, o mais importante era que queríamos que este diálogo travado entre estes personagens misteriosos estivesse ligado ao fim do último livro (sim, o último dos últimos será o encerramento do diálogo). Quando escrevemos a última...
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
CAPÍTULO I - Os Estrategistas

O vento gelado das montanhas se
fazia ainda mais severo quando dois vultos negros — insignificantes diante da
paisagem imensa, branca e vazia — avistaram a prisão. A rigorosa caminhada
conduzia-os a um sítio restrito e isolado, não havendo ali presença humana a
pelo menos duas auroras de viagem. O último sinal de civilização encontrava-se
na cidade de Keishu, distante umas noventa milhas...