domingo, 19 de dezembro de 2010

A construção dos personagens

L.P.Faustini

Falar sobre os personagens para mim é como falar da alma do livro. Temos uma história muito bem elaborada, é verdade. Uma trama complexa, posso dizer. E uma série de peculiaridades que em muito difere de outros livros épicos. Eu poderia ter tudo isso, mas sem bons personagens, seria como "o bronze que soa ou como o címbalo que retine".

Desde o início já pensávamos em ter 7 personagens. E por que 7? Porque queríamos que cada personagem representasse um dos sete pecados capitais e uma das sete virtudes cardeais. Essa foi a base de tudo para conseguirmos elaborar a personalidade de cada um. Toda a psiquê dos protagonistas teve como base um pecado e uma virtude. Vejamos por exemplo, o personagem que personifica a humildade (virtude) e a preguiça (pecado). Ele seria uma pessoa simples, não dada ao dinheiro, inocente e puro e que consegue ver o mundo através dos olhos de uma criança. Não é muito de trabalhar. Não é um cara que costuma dar duro para conseguir as coisas porque a preguiça o impede. Prefere deixar tudo para amanhã e acaba prejudicando o grupo. Por outro lado, é um dos mais queridos dos sete, pois é simples com grande potencial para aprender coisas novas. É praticamente impossível não se afeiçoar a ele. Em breve falaremos quem é esse personagem. Cada um dos 7 terá um post especial.

A segunda coisa que pensamos foi em relação às classes e às raças. Por se tratar de uma fantasia, com ambientação em um mundo inventado, muitos nos perguntaram sobre raças. De cara, já tínhamos decidido que trabalharíamos com baixa fantasia, ou seja, apenas com homens para tornar a narrativa mais pé no chão possível. Não queríamos alta fantasia. Queríamos, sim, mostrar a realidade dura dos homens se baseando em exemplos históricos da humanidade. Temos povos diferentes, com costumes diferentes; e isso já é o bastante para que os protagonistas briguem entre si, pois cada um é de uma região diferente de Sieghard.

Quanto às classes, trabalharíamos com as classes clássicas: um guerreiro bárbaro, um paladino/cavaleiro, uma maga e um arqueiro; e adicionamos três classes não tão clássicas assim: um pastor de ovelhas, um ferreiro e um filósofo peregrino. Todos com um passado construído por nós, autores, que será revelado paulatinamente com o passar da narrativa e, dessa forma, fazendo com que o leitor se aproxime e ganhe intimidade com os protagonistas. Assim, ao término da leitura de "A Queda de Sieghard", o leitor conseguirá escolher o seu preferido.

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