O leitor participativo de Maretenebrae

L.P.Faustini

O símbolo escondido

Em Maretenebrae, o leitor não é passivo; pelo contrário: Maretenebrae é um romance que pede raciocínio do leitor em busca de respostas. Durante a trama, muitos mistérios e enigmas surgem, e as pistas são deixadas de modo sutil para que o leitor descubra o que está acontecendo antes que tudo venha à luz.

A primeira parte do livro apresenta um diálogo entre duas figuras misteriosas que não possuem sua identidade revelada, pois queríamos, a princípio, que o leitor descobrisse quem são elas com a progressiva leitura. A ideia sempre foi deixar que o leitor participe das discussões entres os personagens e que ele mesmo chegue à sua conclusão a respeito das charadas. As falas dos personagens ajudam, mas eles demoram a chegar a um resultado. É o tempo que deixamos para que o leitor desvende os mistérios antes dos próprios personagens.

A representação dos pecados capitais (que representam cada protagonista), por exemplo, não é dita em nenhum momento do livro. Os leitores só saberão isso de modo explícito lendo o blog de Maretenebrae. No livro, apenas o leitor atento perceberá a relação dos protagonistas com os pecados capitais.

Uma outra história interessante é sobre o desaparecimento do antigo rei (Marcus I, o velho), pai do atual rei (Marcus II, o Ousado). Ela é apresentada sutilmente em "A Queda de Sieghard" para que o leitor comece a desvendar o que realmente aconteceu. O rei foi assassinado? Por que? Ainda está vivo? Aonde? Ele foi sequestrado ou simplesmente decidiu virar um ermitão?

Além dessa, outras histórias misteriosas surgirão. São elas:

• Para que serve a Espada de Aurumnigro? Qual sua verdadeira função?
• Quem é Linus? O que pretende? De onde veio?
• O que é Ázero? Qual sua função na trama? É um amigo ou inimigo?
• Que mensagem o símbolo escondido quer passar?
• O poema cataclísmico está avisando sobre o que? O que há por trás dele?
• A profecia irrevelada. Ela se revelará? De que lado o autor da profecia está?
• A charada do dragão;
• Para que serviu o ritual do Caos?
• Quem lançou a Pestilência Cega? Como curar-se dela? O que ela faz com os afetados?
• O que são na verdade os Thurayyas? Mortos-vivos? Monstros? Semi-deuses?

Para quem não conseguiu resolver muitos dos mistérios do primeiro livro, um epílogo revelador é apresentado nas últimas páginas. O Epílogo não faz parte da trama, mas serve apenas para explicar aquilo que o leitor não entendeu, ou seja, ele deixa às claras o que pode ter passado despercebido, além de dar uma nova percepção da história e uma dica para acontecimentos do próximo livro.

Maretenebrae apresenta enigmas, profecias, charadas e várias indagações. Todas interligadas e que se encaixam como uma luva. O leitor pode ficar despreocupado que todas as respostas serão reveladas. Mas você pode encontrá-las antes dos seus amigos.