segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Mais inspirações

Por R. M. Pavani

Esse post pode ser encarado pelo leitor como uma continuação do Eterno Retorno, de minha autoria, mas também como uma resposta ao bonito Inspirações, de L. P.

Seria impossível descrever quais foram (e quais são) as inspirações para redigir um livro de fantasia medieval. As fontes das quais bebo (e bebi) são várias e variáveis, e não há espaço neste blog, nem em quaisquer outros, que possam conceber em detalhes o que me propôs a fazer o meu amigo escritor. 
Aliás, o que significa inspirar? Etimologicamente, "puxar o ar para o interior dos pulmões". Simbolicamente, quais foram os ares aspirados para escrever? Vou além: quais foram os ares que me tornaram quem sou? Há pessoas que dizem, às vezes, “você precisa respirar novos ares”. E não necessariamente se está falando no sentido literal, como por exemplo, ir para uma região campestre e respirar um ar um pouco mais puro. Ao contrário, quando se fala em “ares” aqui, poderemos entender “referências”, “idéias”, “culturas”.
Findada essa questão, vamos partir para a outra, a principal deste post. De onde surgiram as idéias para se conceber uma história como essa? O que vi ou li? Com o que (ou quem) interagi esse tempo todo? Buda dizia que “somos aquilo que pensamos”. Bem, em O Eterno Retorno, discordei prontamente e defendi que pensamos aquilo que somos. Mas por que não dizermos também que pensamos aquilo que somos aquilo que pensamos?
Parece confuso, mas vamos tentar explicar. Estamos limitados, é verdade, a lermos ou assistirmos ou jogarmos coisas que já estão dadas para nós. Nosso gosto é moldado por nossa infância, por nossa criação, nossos pais, enfim, por nosso meio. Porém, a maneira como cada um de nós lerá ou interagirá como cada uma das coisas que nos foram apresentadas há de ser completamente diversa, e fará de nós o que somos, de maneira única e idiossincrática. As inspirações surgem daí.
  Podemos começar pelo mais simples: os desenhos animados e os filmes vistos nas longas e proveitosas Sessões da Tarde, ou de Sábado ou o Cinema em Casa, dentre tantos outros momentos já há tempos extintos em nossa sociedade pós-moderna. Espada e Magia, Dragões e Cavaleiros. Contos das srábias, de piratas, mitologia greco-romana, o Japão dos xoguns e dos samurais. Até mesmo as fabulosas histórias de Sherlock Holmes. Tudo isso, é claro, sem se desligar dos romances históricos. 
Não poderia deixar de lado, igualmente, os livros infantis, infanto-juvenis e adultos que muito me ensinaram. Sempre me fascinaram as histórias do círculo arthuriano, os romances investigativos, a literatura clássica, romântica e moderna, epopéias, tragédias, enfim.
Os jogos de RPG são outra grandessísima fonte de inspiração, sem os quais nenhuma frase de Maretenebrae conseguiria ter saído do papel. Tenho um grande fascínio pela fantasia medieval. Embora, ultimamente, tenha aprendido a apreciar o Mundo das Trevas, com Vampiro, a Máscara. Devo isso, sem dúvida, graças ao meu grande amigo, parceiro e irmão Ramón Giostri.
Tentaremos uma modesta lista daquilo que ainda guardo na mente e no coração (e graças à vida moderna e à tecnologia dos downloads, também nos HDs dos meus computadores):

Filmes:
Willow na Terra da Magia, A História Sem Fim, Coração de Dragão, A Ilha da Garganta Cortada, A Ilha do Tesouro, Os Goonies, As aventuras de Hércules, Xena - a princesa guerreira, As Mil e Uma Noites, Os Três Mosqueteiros e D'artagnan, O homem da Máscara de Ferro, O Conde de Monte Cristo, Lancelot – o primeiro cavaleiro, As Brumas de Avalon, Coração Valente, Odisseia, Jasão e os Argonautas, Robin Hood – o príncipe dos ladrões, Cruzada.

Desenhos animados:
Caverna do Dragão, Cavalo de Fogo, Príncipe Valente, Robin Hood, Conan o Bárbaro, He-Man – Os Mestres do Universo, Scooby Doo, Duck Tales - Os caçadores de aventuras, Os Gárgulas, Batman, Os Cavaleiros do Zodíaco, Asterix & Obelix, As Aventuras de Tin Tin, Os Ursinhos Gummy, Thundercats; Johnny Quest, O Pequeno Príncipe.

Livros:
O Hobbit, O Senhor dos Aneis (A Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei), O Silmarillion, Os Filhos de Húrin, Contos Inacabados de Númenor e da Terra Média, As Aventuras de Tom Bombadil (Sir J. R. R. Tolkien); Crônicas de Nárnia (C. S. Lewis); Ilíada e Odisséia (Homero); A Divina Comédia (Dante Alighieri); Rei Arthur e seus cavaleiros (Sir Thomas Mallory); Robin Hood (conto folclórico inglês); Ali Babá e os 40 ladrões, Alladin e a Lâmpada Maravilhosa, Sinbad – o marujo (Contos das Arábias); Os Três Mosqueteiros e O Conde de Monte Cristo (Alexander Dumas); Fausto (Goethe); Hamlet e Macbeth (Shakespaeare).

Role-playing Games:
Hero Quest
Dungeons & Dragons
Advanced Dungeons & Dragons
Aventuras Fantásticas (livros jogos)
Jogos eletrônicos:
Warcraft 2 e 3 (PC)
Age of Empires 1, 2 e 3 (PC)
Diablo 1 e 2 (PC)
Baldur’s Gate 1 e 2 (PC)
Knights of the Round (SNES)
Heroes of the Lance (Master System)
Master of Darkness (Master System)
Alladin (SNES, Megadrive e Master System)
Asterix (Master System)
Ghouls ‘n Ghosts (Master System)

No próximo post, tentarei expor como a minha formação em História me auxiliou nesse processo. Até lá!

[Clique aqui para ler o post História e Literatura]

0 comentários: