sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O nascimento de um novo épico brasileiro

L.P.Faustini


Não me lembro exatamente quando as reuniões com R.M.Pavani começaram. Meus primeiros arquivos salvos no computador datam do início de janeiro de 2009, mas sei que muita conversa já tinha sido feita desde agosto de 2008. Muita coisa mudou de lá para cá.
Neste meio tempo fui demitido, tive alguns amores, fiquei desempregado durante longos meses, terminei minha pós-graduação, arrumei um novo emprego maravilhoso, fui promovido e tive outros amores. Enquanto isso, meu parceiro de café e prosa, terminava seu mestrado, labutava por uma condição melhor trabalhando em escolas e faculdades e fazendo 'bicos', comprava um apartamento e se casava. Passamos por dificuldades, é verdade, e o tempo que passávamos escrevendo Maretenebrae dificultava ainda mais nossas tarefas. Tínhamos reuniões nos sábados e domingos às 7 horas da manhã, e nas sextas às 10h da noite. Perdemos um pouco da vida social, é verdade. Combinamos que tínhamos que fazer no mínimo 6h de reunião por semana. E se fizéssemos menos que isso, tínhamos que compensar na outra semana. Graças ao skype, conseguimos otimizar e muito essas reuniões, já que R.M.Pavani mora há mais ou menos 1h da minha casa. As reuniões online caíram do céu. Lembro que paramos de escrever o livro em agosto de 2010, quando foi escrita a última página. Portanto, contabilizamos 2 anos de reuniões e contato praticamente diário. Nunca brigamos. Discutimos, é verdade. Mas felizmente somos amigos de velhas datas e temos idéias e gostos semelhantes. Nos respeitamos e nos toleramos. E isso foi fundamental. Desde agosto de 2010 até a data oficial do lançamento, hoje, 2 de dezembro de 2011, foram muitas revisões, muita procura para conseguir as melhores editoras e eis que conseguimos lançar o nosso "filhote" pela Biblioteca24horas (à ela, nossos mais nobres agradecimentos). Agradeço de coração a R.M.Pavani, pois sem ele eu não conseguiria nem iniciar a obra. Eu não sou um cara muito bom com palavras, sou engenheiro mecânico, sou melhor com números. R.M.Pavani é professor de história, sempre ligado à literatura, à poesia. Ele tem a facilidade com as palavras. Eu não. Creio que a parceria encaixou como uma luva e esperamos muito que os leitores gostem do que escrevemos, de nossas idéias. Em Maretenebrae, muito de nossa criação familiar está representada nele, em várias situações, seja nos personagens, seja nos dilemas apresentados na obra. Maretenebrae não é apenas uma trama simplesmente inventada. É uma história de vida. Um grande abraço a todos!

[clique aqui para ler o depoimento fantástico de R.M.Pavani] - Merecia estar em outra postagem, com certeza.

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