Por R. M. Pavani
Alegrai-vos, concidadãos de Sieghard!
Continuando a nossa discussão sobre Destino, Fado, Fortuna, etc., falaremos sobre um dos mais belos e conhecidos conjuntos de tragédias gregas. Além de serem belíssimos, nos servem de exemplo para mostrar como funciona a cosmovisão das sociedades greco-romanas (e também em Maretenebrae), mergulhadas na ideia que ninguém é dono de seu próprio destino. Ao contrário, estão todos sujeitos a forças e eventos que escapam às suas vontades. Marionetes nas mãos dos seres supremos... Trata-se da Trilogia Tebana de Sófocles (496 a.C.- 406 a.C.): Édipo Rei, Édipo em Colono e Antígona. As três peças contam os infortúnios de Édipo, filho de Laio, o sujeito que, devido aos desígnios providenciais do Destino, isto é, da vontade dos deuses, mata o pai e toma por mulher sua própria mãe, tendo quatro filhos a partir dessa relação incestuosa e abominável. Para não ver sua própria desgraça, Édipo fura os olhos desesperado, condenando-se a viver para sempre em total amargura e escuridão.