Criaturas fantásticas

Presencie embates épicos!

Forças brutais

Fuja alucinadamente!

Os Thurayyas

Sinta o poder dos inimigos mais ameaçadores!

A Taverna do Bolso Feliz

Entre na taverna mais famosa do reino!

Exércitos invencíveis

Acompanhe a queda de Sieghard!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Mais inspirações

Por R. M. Pavani

Esse post pode ser encarado pelo leitor como uma continuação do Eterno Retorno, de minha autoria, mas também como uma resposta ao bonito Inspirações, de L. P.

O Eterno Retorno

Por  R. M. Pavani


"(...) E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: 'Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez, e tu com ela, poeirinha da poeira!’. Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: ‘Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!’ Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: ‘Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?’ pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?" (Friedrich Nietzsche, A Gaia Ciência).

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Peregrinatio - Música tema de Maretenebrae


L.P.Faustini

Muitos devem estar se perguntando que música é aquela que toca de fundo nos book trailers de Maretenebrae. Ela se chama Peregrinatio (do latim "peregrinação") e foi composta por mim há 3 anos atrás. Quando eu e R.M.Pavani começamos a escrever nossa obra, acabei por transformá-la na música tema de Maretenebrae,  criando uma letra para o refrão em português e inglês. Ei-la:

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O nascimento de um novo épico brasileiro

L.P.Faustini


Não me lembro exatamente quando as reuniões com R.M.Pavani começaram. Meus primeiros arquivos salvos no computador datam do início de janeiro de 2009, mas sei que muita conversa já tinha sido feita desde agosto de 2008. Muita coisa mudou de lá para cá.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Capítulo VI - Por quem se treme



— Linus não ofereceu outra proposta? — perguntou o jovem, descrente.
— Antes de iniciarem a batalha, o oficial supremo de Askalor, Nikoláos, junto com sua guarda pessoal foi ao encontro dele. As linhas dos exércitos já estavam em formação. A conversa seria breve. Linus vestia uma armadura escarlate, e Nikoláos, a armadura com o uniforme da Ordem, a túnica branca com o símbolo de coloração vermelha do meio sol nascente. Ambos montavam cavalos brancos. Quando o general inimigo retirou seu elmo de cornos, os homens ficaram estupefatos e, após um coro de vozes em espanto, silenciaram, pois não podiam acreditar que dentro daquele elmo, um rosto tão nobre, sereno e pacífico estaria empunhando forças contra nosso povo. Seus cabelos prateados e leves como plumas esvoaçavam ao mínimo vento que incidia sobre os líderes. Seu olhar hipnotizava quem o fitava e sua presença impusera respeito a qualquer nobre de Askalor. Seu queixo angulado e perfeitamente barbeado dava impressão que não quebraria nem com o mais forte golpe de uma clava grande. Seu semblante inabalável parecia zombar dos esforços da Ordem. Linus propusera, então, que o exército de Marcus se entregasse sem luta e prometeu que as vítimas da Pestilência Cega seriam curadas.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Capa oficial



L.P.Faustini

A idéia da capa iniciou com uma sugestão do meu pai. Ele imaginou a visão de uma pessoa olhando para o mar, e lá no horizonte, em meio à uma densa névoa, a silhueta de vários navios se aproximando. De qualquer forma, sabia que a capa teria que ter alguma coisa a ver com o mar. E muito provavelmente os outros livros também terão suas capas envolvendo mar. É a marca. É o que identificará a série Maretenebrae.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Mapa de Sieghard



RELAÇÃO AUTOR-ILUSTRADOR

Foram quase 12 meses de trabalho com o brilhante ilustrador Murilo Braga para se chegar a este resultado, fruto de uma ótima relação entre autores e ilustrador. No início havíamos um esboço feito à mão, com a localização das cidades e elementos geográficos. Mas queríamos mais: queríamos um mapa que realmente desse a impressão de que ele saiu da época dos primórdios da cartografia, quando eles eram feitos à mão por artistas e, de fato, eram muito mais arte que técnica. Através do orkut, mostramos às várias comunidades de desenhistas o que pretendíamos. E eis que a pessoa certa - que segundo ele nunca tinha trabalhado com algo parecido - apareceu em nosso trajeto.

sábado, 1 de outubro de 2011

Capítulo V - Retalhos de uma guerra




Do diário de campanha de Sir Nikoláos, de Askalor

17ª aurora após 2ª lua plena da primavera, ano 476 após a Unificação


Ao entardecer de hoje, fui convocado por Sua Majestade, o Rei, ao Domo Real de Askalor, onde me reuni com vários outros súditos, a fim de nos informar que nossas terras haviam sido violadas na região do Velho Condado, e que deveríamos nos preparar para uma possível batalha de grandes proporções, contra aproximadamente 36 mil homens. Nosso rei pareceu perturbado. Não era à toa. Marcharemos sem demora em direção às planícies de Bogdana. Os soldados ainda estão cuidando de suas últimas provisões. A noite será quente.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Capítulo IV - Marcus II, O Ousado


— E a mensagem, como foi recebida pelo rei? — perguntou o jovem.
— Ninguém esperava um ataque de tamanha proporção, nem mesmo Marcus. Embora viesse de nossos inimigos, posso dizer que Linus merecia uma condecoração por seu brilhante manejo naval. A situação dele era delicada e crítica.
— Marcus... Marcus... Pela Ordem! Está se referindo a Marcus II, o Ousado?
— Ele mesmo. O rei Marcus, jovem na ocasião, teria que convocar todas as hostes oficiais dos lugares mais isolados do reino, se quisesse ao menos pensar em uma defesa eficaz. Ele teria que alistar todos com alguma ou nenhuma habilidade de combate, artesãos, camponeses, comerciantes...

— E ele conseguiu?

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O que é Maretenebrae?



"Maretenebræ vem do latim Mare et Tenebræ que significa Mar e Treva. O título da série remete ao nome do grande oceano desconhecido, Maretenebrae, que por sua vez é tratado como um ente, um ser de vontade própria que pode castigar aqueles que adentram o seu território marítimo. A chegada do exército inimigo nas terras de Sieghard é vista no início como uma retaliação de Maretenebrae, sendo os próprios invasores parte dele. Por isso o título: para indicar que o mar é o grande vilão e a grande barreira que tem que ser superada para vencer os inimigos: tanto fisicamente quanto psicologicamente (porque o mar também pode ser representado pelo medo, o medo do desconhecido, do sobrenatural)"

"A palavra treva resume bem a idéia de Maretenebrae quando pensamos principalmente em 'ignorância': o futuro que não se pode prever. O mar, portanto, representa a grande ignorância da qual todos compartilham."

Mais explicações sobre o título Maretenebrae pode ser encontrado nesta fenomenal entrevista feita pelo escritor e autor Rober Pinheiro:
http://www.outracoisa.com.br/2012/08/11/3-perguntas-para-l-p-faustini-e-r-m-pavani/

[Ler a Sinopse]
[Quem são os leitores de Maretenebrae?]

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sinopse

Aviso: Contém Spoilers

Talhada em meio às escarpas geladas de Sieghard, em uma distante prisão esquecida pelo tempo, duas figuras desconhecidas, mas já com uma não-amistosa relação, travam um diálogo significativo. Trata-se de um velho prisioneiro e de uma pessoa que foi vítima das ações supostamente descomedidas do encarcerado. O prisioneiro requisitara a presença da vítima antes de ser sentenciado à prisão, porém, ao que parece, apenas muitos verões depois seu pedido foi atendido. Buscando esclarecer seus atos, o velho homem começa a falar da antiga Grande Guerra, travada há várias gerações, de maneira minuciosamente fantástica, como se ele próprio tivesse vivido tal época. A descrição atiça a atenção de seu ouvinte e uma discussão acerca da guerra e dos misteriosos acontecimentos que até hoje nunca foram resolvidos se inicia.

Escondido nas Colinas de Bogdana, um pequeno grupo tenta sobreviver às inúmeras investidas de um inimigo desconhecido vindo do mar, Maretenebrae, que atacara sua terra: Sieghard. Os integrantes desse grupo composto por Chikara (a maga invejosa), Roderick (o arqueiro libertino), Petrus (o humilde pastor preguiçoso), Victor Didacus (o filósofo peregrino), Braun (o guerreiro intempestivo), Sir Heimerich (o nobre cavaleiro soberbo) e Formiga (o simpático ferreiro glutão), acabam por se juntar na tentativa desesperada de chegar ao Domo do Rei para proteger o soberano Marcus II, o Ousado, rei e protetor da Imaculada Ordem. Abalados, tinham acabado de presenciar uma batalha de proporções gigantescas da qual haviam saído derrotados. A Grande Guerra começara. Estranhos entre eles, com profissões, comportamentos e histórias de vida distintas, os 7 siegardos - cada um representando um dos 7 pecados capitais - precisam superar suas diferenças e adiantar seus passos para sobreviver aos seus algozes e à Pestilência Cega – uma estranha doença que, desde a chegada das forças inimigas, se espalha pelo reino com feroz velocidade e retira a visão de todos os afetados.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Um novo Senhor dos Anéis? De forma alguma! - por R.M.Pavani


R.M.Pavani

"Sir J. R. R. Tolkien nunca pretendeu, ao longo de sua vastíssima e insuperável obra, escrever algo para passar uma mensagem ou alegoria através do texto. Em "O Senhor dos Anéis", ele deixa claro que não gosta de alegorias (ao contrário dos autores de Maretenebrae). Aliás, segundo ele, seu grande mérito é ter escrito uma história para divertir. De uma forma ou de outra, encontramos aqui mais uma diferença importante entre um texto clássico e outro que está apenas saindo do papel. Maretenebrae é repleto de alegorias, discussões filosóficas e teológicas, muita história e pensamento político.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O leitor participativo de Maretenebrae

L.P.Faustini


O símbolo escondido

Em Maretenebrae, o leitor não é passivo; pelo contrário: Maretenebrae é um romance que pede raciocínio do leitor em busca de respostas. Durante a trama, muitos mistérios e enigmas surgem, e as pistas são deixadas de modo sutil para que o leitor descubra o que está acontecendo antes que tudo venha à luz.

sábado, 26 de março de 2011

Inspirações

L.P.Faustini

Foi no ano 2000 quando um grande amigo meu me emprestou um livrinho tímido de capa envelhecida com uma tosca ilustração chamado "A Espada Diabólica" de M. Moorcock (no original Stormbringer). O livro falava de um jovem albino, extremamente frágil, possuidor de uma espada que o concedia poder quando ele assassinava alguém pela sua lâmina. A espada negra, chamada Stormbringer, 'sugava' a alma dos derrotados e imbuía com força espiritual o corpo de seu proprietário, Elric de Melniboné. No entanto, tal espada possuía seus próprios desejos e agia por conta própria, fazendo com que o protagonista acabasse por matar seus entes queridos. Por algum motivo, que não me lembro agora, a espada teve que ser novamente empunhada (e aí começam os problemas e a aventura em um mundo governado pela Lei e pelo Caos).

domingo, 23 de janeiro de 2011

Sobre o capítulo II

R.M. Pavani


Descrever batalhas nunca é fácil, e esse capítulo não foi exceção. Comecei a escrevê-lo numa folha simples de papel, ao contrário das demais partes da obra que foram, em sua maioria, elaboradas diretamente no computador, antes de me encontrar com LP para mais uma reunião. É difícil ter de fugir dos clichês e lugares-comuns e, simultaneamente, manter o leitor agarrado à narrativa. Creio ser uma das partes mais emocionantes de todo o livro, pois, do início ao fim tem-se a sensação crescente de terror e aflição. Por mais que se pense em um contra-ataque ou salvação milagrosa, sabe-se, desde o início, que os soldados da Ordem já têm seus destinos selados. Algo semelhante encontramos no clássico do Western "Era Uma Vez No Oeste" (no original "Once Upon a Time in the West"), do italiano Sergio Leone. Tal qual na obra cinematográfica, o capítulo 2 de A Queda de Sieghard tem um ritmo que pretendeu criar a sensação dos últimos suspiros que uma pessoa exala antes de morrer. É, do começo ao fim, uma dança da morte. Todos os defensores do reino, embora sejam muitos e tenham coragem, têm consciência de que não chegarão vivos ao final.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Capítulo III - Asas nos pés



Como se perseguido por uma matilha de cães selvagens, Driskoll, um dos soldados mensageiros da Ordem, conseguiu tirar fôlego de onde parecia não haver mais. Na iminência da morte, ele se afastou pouco a pouco da frente de batalha, tendo que deixar vários companheiros e irmãos de armas agonizando. Em sua mente, turvada por um grave conflito de consciência, não havia tempo ou espaço para ajudá-los. A morte já os havia buscado, sem chance de retorno.