quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Resenha de "A Queda de Sieghard" no Desbravando Livros

Encontrada em:
http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2014/10/resenha-maretenebrae-l-p-faustini-r-m.html

Quando invasores chegam a Sieghard cruzando o Grande Mar, tudo leva a crer que chegou o fim do mundo, ainda mais quando o exército local não consegue contê-los e sofre grandes perdas. Porém, um grupo muito peculiar, formado por sete pessoas totalmente diferentes entre si, parece estar destinado a grandes aventuras antes de tudo ruir. Essa é a premissa básica de Maretenebrae, livro de fantasia nacional escrito pelos autores L. P. Faustini & R. M. Pavani que eu finalmente tive a chance de desbravar e venho aqui contar para vocês como foi a minha experiência.


Sieghard é um continente tipicamente medieval, cheio de colinas e planícies arrastando-se pelo território e várias florestas e lugares desconhecidos pedindo para ser explorados, como é o caso das Terras de Além-Escarpas, um dos mistérios do livro. Todo local tem sua particularidade e importância na história e alguns deles são visitados durante A Queda de Sieghard, mostrando um pouco dos habitantes locais e suas particularidades, como vocês podem apreciar no mapa a seguir:



A leitura vai fluindo tranquilamente conforme o tempo passa, melhorando muito (!) a partir da metade do livro, quanto as dificuldades dos nossos protagonistas aumentam consideravelmente e eles se envolvem em grandes aventuras. O começo é típico de livros aclamados desse gênero, com descrições dos personagens aparecendo a todo instante e fatos passados sendo relembrados, tudo para que o leitor possa se situar e entender melhor a história.

Quanto aos personagens, temos uma gama infinita de opções: Roderick é um arqueiro muito habilidoso, Victor Didacus é um homem muito misterioso e que possui um dom incomum, Sir Heimerich é um guerreiro e cavaleiro da Ordem, responsável por proteger Sieghard, Chikara é uma maga da cidade de Keishu e pode usar o ambiente à sua volta para modificá-lo, Petrus é um simples pastor de ovelhas e que parece não ter habilidade nenhuma que possa ajudar o grupo, Formiga é um ferreiro da cidade de Alódia e grande apreciador de todo tipo de comida e por fim temos Braun, guerreiro selvagem de Kemen e nada simpático. Cada personagem representa um dos sete pecados capitais (Gula, avareza, luxúria, ira, inveja, preguiça e soberba), mas deixarei a cargo do leitor identificá-los, já antecipando que os seus pensamentos e atitudes indicam facilmente a qual pecado cada um dos protagonistas "pertence".



Gostei bastante de Braun e Petrus, dois personagens totalmente opostos e com características muito peculiares. Braun tem tanta raiva do mundo e das pessoas ao seu redor que chega a ser engraçado ler os seus diálogos sempre cheios de xingamentos, ofensas e nem um pouco de educação. Já Petrus é o típico ser humano inocente que foi simplesmente jogado no meio de uma guerra e nem sabe por que está ali e o que pode fazer para sair dessa situação, mas aos poucos vai percebendo que não está ali por acaso e pode ser útil em determinados momentos.

Se você está com um pé atrás em ler Maretenebrae e pensa que aqui não encontrará seres fantásticos e grandes obstáculos aos protagonistas, saiba que está muito enganado. Temos trolls monstruosos, lagartos alados, gigantes e, principalmente, os Thurayyas, seres mágicos com poderes avassaladores e que são dificilmente derrotados, fazendo com que os invasores de Sieghard sempre tenham essa vantagem em batalhas.



A intenção dos autores é fazer de Maretenebrae uma série com quatro livros e o segundo já está sendo escrito e deve ser lançado em breve, com nome ainda a ser definido. Caso vocês queiram ter uma oportunidade de discutir mais sobre o livro, o grupo Livros de Fantasia e Aventura estará fazendo uma leitura conjunta do mesmo no Facebook a partir de 07/11 e você está convidado.

Para finalizar, o que tenho a dizer é que Maretenebrae tem tudo que uma fantasia épica e medieval precisa: um mundo onde o fim está (ou não) muito próximo, personagens que possam salvá-lo, animais fantásticos e um pano histórico por trás disso. Tudo isso misturado e somado aos segredos ainda não revelados até o momento nos brindam com um ótimo livro de fantasia nacional, digno de ser desbravado. Que venha o segundo livro!

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