sexta-feira, 30 de março de 2012

Resenha de "A Queda de Sieghard" no Razão e Resenhas

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Outro fato que me deixou muito feliz também foi ler o livro Maretenebrae, por isso hoje tem resenha, que eu fiz com muito cuidado e carinho, só para que vocês também apreciem essa maravilha literária nacional, e comprem o livro, e se encantem, assim como eu \o

Há alguns anos atrás eu fui jogadora de RPG de mesa, e segundo  meus parceiros eu era a única mulher da minha cidade a jogar naquela época ( não, não tem tantos anos que eu o enxergue através de teias de aranha...rsrs, mas já tem um bom tempo) e ao ler Maretenebrae a sensação de aventura e adrenalina me pegaram de jeito, como naquela época, em que heróis, vilões, guerras, misticismos e personagens ousados permeavam minhas noites de sexta-feira ( era quando nos reuníamos para jogar ).


Espero que os autores desse livro tão surpreendente não se sintam incomodados com minha comparação, mas quis expressar um fato que senti lendo muitas partes do livro, em que de várias formas incorporei  alguns dos personagens com quem simpatizei. Depois de elaborar a resenha li no blog do livro que L.P.Fautini também joga RPG . :)

Essa historia épica nos trás sete personagens peculiares, numa trama envolvente e cheia de reviravoltas .
Você de cara percebe que os autores foram muito cuidadosos em desenvolver as características e personalidades de cada um com maestria. Senti isso, o que na hora já me agradou, pois senti vida no livro.
A temática "religião" está muito bem explorada, mesmo que muito bem engendrada em suas nuances. Um fator que achei  simples de entender, pois sendo um romance épico não poderia deixar de ser. Ninguém pode negar que a religião permeia os atos humanos desde sempre. Seja ela em qual forma for.

No desenrolar das coisas vocês vão perceber que esse fator foi utilizado com bases filosóficas, mas não por isso menos fácil de serem entendidas por aqueles que não tem muita paciência com filosofias ou afins.
Desde o título diferente ( Maretenebrae = Mare et tenebrae, que significa Mar e treva ), o livro nos leva a regiões de extrema beleza, e muitas vezes a lugares sinistros e angustiantes, isso tudo muito bem descrito pelos autores.

Importantíssimo também dizer como foi gratificante descobrir em cada um dos personagens um defeito e uma virtude, isso claro, bem implícito, mas que foi fundamental para toda uma simbologia que notei, e se forem espertos notarão também. Isso tornou a convivência dos nossos sete personagens  bem divertida, mas também muito conflitante, como  sempre, o lado negro e o lado  iluminado de cada um se faz perceber.
Me apeguei muito em "Formiga", me identifiquei com seu jeitinho comilão, amigo de todos, "pau pra toda obra", seu jeito tosco de resolver as coisas que me levou as lágrimas, me irritando  muito quando nas adversidades só pensava em comer...comer e comer ( acho que me enxerguei nele com minha ansiedade total).

E assim é cada personagem, você os conhece e logo se identifica.

São eles explorados em suas identidades até você entender o porque de tudo, o que cada um representa, as alianças, as discórdias, seu dramas e traumas.

No meu entender essa história uniu muito bem todos os conceitos a que se propôs.

O bem e o mal liderados por virtudes e pecados em doses envenenadas de ação, aventura, amor e amizade.

Um reino cujo jogo político faz muito mais tragédias que benesses ...

Enfim...

Seria uma realidade escrita na forma de um romance épico?

Acho que sim, pois os autores foram felizes demais em tornar a realidade humana nessa fantasia tão primorosamente escrita.

Recomendo ler Maretenebrae devagar, degustando os personagens, compreendendo cada mistério apresentado. Um livro de 540 páginas que você lê num ritmo alucinante sem ao menos perceber.
A capa é linda, foi o que me levou a ficar curiosa e procurar parceria com os autores, depois... uma sinopse instigante, para quem ama épicos e histórias inteligentes esse livro é um manjar.

As ilustrações  que entremeiam o livro são lindas, faz viajar ainda mais para dentro da narrativa.

Por isso e pelo orgulho de ler um livro tão bem escrito por brasileiros, que recomendo Maretenebrae.

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