http://dragonmountbooks.wordpress.com/2013/03/31/resenha-maretenebrae-a-queda-de-sieghard/
Acho que li pouquíssimos livros nacionais de fantasia. Como eu disse em outro artigo, leio muito em inglês e a maioria de meus livros de fantasia são nesse idoma. Acredito que somente dois foram os livros de escritores brasileiros que li. O primeiro foi o ótimo A Batalha do Apocalipse. E agora terminei, Maretenebrae. Enquanto adorei ler o primeiro, não senti tanto os elementos fantástico presentes nele. Na verdade para mim ABdA funciona mais com uma bela ficção distópica e uma excelente ficção histórica.
Já em Maretenebrae, senti-me de fato mergulhando em um mundo mais parecido com o que eu espero em um livro de fantasia medieval. Com uma escrita envolvente e ótimas cenas de aventura, Maretenebrae é uma incrível viagem ao melhor da fantasia nacional com os tradicionais elementos do gênero fantástico.
A leitura é super agradável, com uma narrativa envolvente, cheia de aventura e mistério. As personagens principais são super carismáticas e, no começo, é difícil não gostar de todas. No desenrolar vamos sabendo um pouco mais de cada uma delas, mas não esperem nada aprofundado demais sobre elas. As minhas personagens preferidas são o guerreiro Braun e Roderick. Simpatizo bastante com o Formiga e com a maga Chikara. Aliás, a maga foi um certo desapontamento para mim, pois sempre quis vê-la usar mais os seus poderes. De uma certa maneira, deu para entender porque os autores optaram por fazê-la um pouco limitada, por assim dizer, e é até mais natural que a personagem assim fosse.
Outro que me agradou bastante foi o Victor Didacus. Espero saber mais detalhes sobre a sua história no proximo livro, assim como espero das demais personagens. Victor tem uma forma bem peculiar de viver e isso me deixou bastante intrigada. Eu realmente quero saber mais dessa personagem, emobra não seja a minha preferida.
Reparei também que os autores exploraram bem o mapa da nação Sieghard. Em vários trechos da narrativa, há menções dos locais que fazem parte do reino, mesmo localizações que não fazem parte direta da trama central. Assim, fica possível para nós leitores, irmos nos acostumando com nomes de regiões.
Outro ponto que gostei, foi a falta de descrições exageradas presentes em muitas obras de autores estrangeiros. Não estou dizendo ou induzindo à crença de que a falta de descrições seja algo da nossa literatura. Brandon Sanderson também não perde tempo em descrever demais e suas explicações não se prolongam muito. Em Maretenebrae vi algo parecido com isso, os autores vão no ponto, sem enrolarem o leitor. Eu até gosto de autores conhecidos como descritivos demais, como o Tolkien, o Robert Jordan e até mesmo o Stephen King, porém são autores que sabem fazer isso sem ficar demasiado entediante. Não duvido, pelo que li em Maretenebrae, que o Pavani e o Faustini também saberiam como o fazer sem parecer enrolação, porém, a trama se desenvolve de uma forma muito direta.
Não poderia terminar a resenha sem deixar a minha opinião aos seres conhecidos como Thurayyas (espero ter escrito certo). Achei de uma genialidade incrível, seres cuja mágica tem um efeito devastador, não muito diferente do que já li, é verdade, mas a forma como foram inseridos na estória foi muito bem feita. Juntamente com Ázero são o máximo de seres mágicos da trama e eu gostei muito.
O livro é ótimo. O desfecho te deixa super ansioso pelo próximo volume (não demorem, por favor, autores). Enfim, recomendadíssimo. Falei tanto de um próximo livro, mais informações serão divulgadas aqui em breve.
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