Bogdana e suas colinas floridas |
Do eslavo Bogdana, nome feminino
que significa "dada por deus". A província de Bogdana recebeu este
nome pela beleza de suas colinas, que resumem praticamente toda a extensão da
província. Em “A Queda de Sieghard”, Bogdana é palco da Batalha do Velho
Condado – cidade do protagonista Petrus. Também é onde se localiza o Bosque de
Pekko, um antigo ponto de mineração de aurumnigro. A província é delimitada
pelos rios Wasswa e Nakato, pelo Estreito dos Peregrinos e pelo Bosque dos
Lordes. Seus campos são ricos em legumes, raízes, verduras, árvores frutíferas,
temperos e reagentes mágicos. Uma descrição de Bogdna é retirada do terceiro
capítulo de “A Queda de Sieghard” e mostra o quanto sua beleza pode ser
inebriante:
[...] A trilha atravessada por
Driskoll era privilegiada pela magnífica paisagem. As belas planícies não
contavam com muitas árvores, mas eram repletas de campos cobertos por lírios,
papoulas e esporeiras, de vários tipos e cores [...] Cobertas por uma vegetação
rasteira, de cor verde-clara, as colinas pareciam dançar ao sabor da brisa que
vinha do Grande Mar. Qualquer ser que as contemplasse, ainda que fosse por um
breve tempo, jamais poderia imaginar que no mundo houvesse espaço para dor,
fúria, crueldade, sangue ou morte. A sensação de invencibilidade e harmonia não
coadunava com o espetáculo de cólera encenado nos arredores do Velho Condado.
Salácia
Província de Salácia |
Derivação do latim sal que
significa simplesmente “sal”. A província de Salácia tem esse nome por abrigar
os campos de sal e ser a única fornecedora deste condimento para todo o reino
de Sieghard desde eras muito remotas. Os moradores da província são chamados de
sálatas desde antes de a região ter seu nome próprio. Salácia foi a última
região a aceitar a unificação do reino, e por isso, é tratada ainda com certo
preconceito. Seus governantes sempre são acusados de serem indiferentes à causa
siegarda. A província abriga as cidades de Véllamo e Muireann e é delimitada
pelo rio Wasswa e a Floresta dos Viventes. Em “A Queda de Sieghard”, Sir
Nikoláos se irrita com o governante da Salácia, pois a tropa sálata não
compareceu ao chamado do rei na Batalha do Velho Condado. Como é demonstrado
neste trecho:
“[...] A sentinela de vigília nos informou que as tropas de Véllamo
e Muireann não estavam em posição. Aquele maldito Wylye, governante da Salácia!
Nem assim ele consegue se manifestar! Verme! [...] Temos resistido às
insurreições locais, colocamos fim às guerras intestinas, tanto os aristocratas
quanto a plebe mantêm um nível satisfatório de confiança em Sua Majestade,
mesmo que, a princípio, o tenham chamado de usurpador. E tudo para quê? Para
quê? Nosso litoral atacado, forças do Grande Mar mais fortes do que nunca, e
quando mais precisamos nos unir contra o inimigo comum, eis que os interesses
provincianos vêm falando mais alto. Desgraça dos povos! Desgraça dos governos!”
Azaléos
Província de Azaléos |
Derivação, do grego azelos que
significa “seco”. Delimitada pelo rio Ham e Nakato, a província de Azaléos é
chamada assim por causa de seu solo seco e do seu ar intragável de enxofre.
Azaléos é uma terra morta, quente e dominada pelo vulcão Bakar. Nada lá cresce.
Nada lá vive. Mesmo assim, uma terra como essa é lar de muitos mistérios e
lendas, a exemplo do trecho abaixo retirado de “A Queda de Sieghard”:
[...] Um número grande de homens
afirma por suas vidas que testemunharam a existência naquelas redondezas de
entidades ou espíritos que vão além do senso-comum. Não são poucos os relatos
de vultos ou formas vaporosas além do Nakato, vistos principalmente nas noites
de verão. Sombras também não deixam de povoar os contos, mas de um modo mais
brando. Outros, entretanto, contam ter ouvido vozes soando ao longe, como numa
canção lamentosa. Por se tratar de uma paisagem terrivelmente quente, as mentes
mais céticas afirmam que tudo não passa de miragem ou outro tipo de alucinação.
Everard
Província de Everard, Wilbur e sua mãe javalina |
Do germânico Everard, nome
masculino que significa "javali valente". Dizia um conto siegardo
provinciano que o primeiro habitante de Everard foi o filho de um nobre que se
perdeu na Floresta dos Viventes – durante uma excursão da nobreza askaloriana
ao Monastério da Ordem – e foi criado por uma javalina. Seu nome era Wilbur, o
Javali Valente, e foi responsável por unificar todas as tribos que habitavam na
floresta e em torno dela. No centro da cidade de Adaluf, capital da província,
há uma estátua do fundador de Everard, Wilbur, e sua mãe, a javalina. Roderick,
o arqueiro, nosso protagonista, é natural dessa região; assim como os melhores
arqueiros de todo o reino. Uma descrição dos costumes locais se encontra no
capítulo IX:
" Minha Adaluf não é uma
comunidade, um vilarejo, ou campônio. É uma aldeia! E não temos o hábito de
domesticar animais, mas sim de caçá-los. Devemos obedecer aos desígnios da
natureza. Quer dizer, não devemos atraí-los e torná-los nossos servos, até o
momento do abate. Além disso, a nossa caça é um ritual sagrado, respeitado por
várias gerações. [...] O ritual da caça confere identidade a nossos irmãos. São
verdadeiras festas. Auroras e auroras em busca da presa perfeita! Nesse
momento, é que conseguimos descobrir os bons e maus homens, aqueles que servem
à tribo, e os que têm talento apenas para os serviços domésticos. Os banquetes
também são maravilhosos, regados a muita carne, cerveja, homens e
mulheres!"
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