sábado, 9 de março de 2013

Significado dos nomes: Províncias I

Bogdana

Bogdana e suas colinas floridas
Do eslavo Bogdana, nome feminino que significa "dada por deus". A província de Bogdana recebeu este nome pela beleza de suas colinas, que resumem praticamente toda a extensão da província. Em “A Queda de Sieghard”, Bogdana é palco da Batalha do Velho Condado – cidade do protagonista Petrus. Também é onde se localiza o Bosque de Pekko, um antigo ponto de mineração de aurumnigro. A província é delimitada pelos rios Wasswa e Nakato, pelo Estreito dos Peregrinos e pelo Bosque dos Lordes. Seus campos são ricos em legumes, raízes, verduras, árvores frutíferas, temperos e reagentes mágicos. Uma descrição de Bogdna é retirada do terceiro capítulo de “A Queda de Sieghard” e mostra o quanto sua beleza pode ser inebriante:


[...] A trilha atravessada por Driskoll era privilegiada pela magnífica paisagem. As belas planícies não contavam com muitas árvores, mas eram repletas de campos cobertos por lírios, papoulas e esporeiras, de vários tipos e cores [...] Cobertas por uma vegetação rasteira, de cor verde-clara, as colinas pareciam dançar ao sabor da brisa que vinha do Grande Mar. Qualquer ser que as contemplasse, ainda que fosse por um breve tempo, jamais poderia imaginar que no mundo houvesse espaço para dor, fúria, crueldade, sangue ou morte. A sensação de invencibilidade e harmonia não coadunava com o espetáculo de cólera encenado nos arredores do Velho Condado.


Salácia

Província de Salácia
Derivação do latim sal que significa simplesmente “sal”. A província de Salácia tem esse nome por abrigar os campos de sal e ser a única fornecedora deste condimento para todo o reino de Sieghard desde eras muito remotas. Os moradores da província são chamados de sálatas desde antes de a região ter seu nome próprio. Salácia foi a última região a aceitar a unificação do reino, e por isso, é tratada ainda com certo preconceito. Seus governantes sempre são acusados de serem indiferentes à causa siegarda. A província abriga as cidades de Véllamo e Muireann e é delimitada pelo rio Wasswa e a Floresta dos Viventes. Em “A Queda de Sieghard”, Sir Nikoláos se irrita com o governante da Salácia, pois a tropa sálata não compareceu ao chamado do rei na Batalha do Velho Condado. Como é demonstrado neste trecho:

“[...] A sentinela de vigília nos informou que as tropas de Véllamo e Muireann não estavam em posição. Aquele maldito Wylye, governante da Salácia! Nem assim ele consegue se manifestar! Verme! [...] Temos resistido às insurreições locais, colocamos fim às guerras intestinas, tanto os aristocratas quanto a plebe mantêm um nível satisfatório de confiança em Sua Majestade, mesmo que, a princípio, o tenham chamado de usurpador. E tudo para quê? Para quê? Nosso litoral atacado, forças do Grande Mar mais fortes do que nunca, e quando mais precisamos nos unir contra o inimigo comum, eis que os interesses provincianos vêm falando mais alto. Desgraça dos povos! Desgraça dos governos!”

Azaléos

Província de Azaléos
Derivação, do grego azelos que significa “seco”. Delimitada pelo rio Ham e Nakato, a província de Azaléos é chamada assim por causa de seu solo seco e do seu ar intragável de enxofre. Azaléos é uma terra morta, quente e dominada pelo vulcão Bakar. Nada lá cresce. Nada lá vive. Mesmo assim, uma terra como essa é lar de muitos mistérios e lendas, a exemplo do trecho abaixo retirado de “A Queda de Sieghard”:

[...] Um número grande de homens afirma por suas vidas que testemunharam a existência naquelas redondezas de entidades ou espíritos que vão além do senso-comum. Não são poucos os relatos de vultos ou formas vaporosas além do Nakato, vistos principalmente nas noites de verão. Sombras também não deixam de povoar os contos, mas de um modo mais brando. Outros, entretanto, contam ter ouvido vozes soando ao longe, como numa canção lamentosa. Por se tratar de uma paisagem terrivelmente quente, as mentes mais céticas afirmam que tudo não passa de miragem ou outro tipo de alucinação.

Everard

Província de Everard, Wilbur e sua mãe javalina
Do germânico Everard, nome masculino que significa "javali valente". Dizia um conto siegardo provinciano que o primeiro habitante de Everard foi o filho de um nobre que se perdeu na Floresta dos Viventes – durante uma excursão da nobreza askaloriana ao Monastério da Ordem – e foi criado por uma javalina. Seu nome era Wilbur, o Javali Valente, e foi responsável por unificar todas as tribos que habitavam na floresta e em torno dela. No centro da cidade de Adaluf, capital da província, há uma estátua do fundador de Everard, Wilbur, e sua mãe, a javalina. Roderick, o arqueiro, nosso protagonista, é natural dessa região; assim como os melhores arqueiros de todo o reino. Uma descrição dos costumes locais se encontra no capítulo IX:

" Minha Adaluf não é uma comunidade, um vilarejo, ou campônio. É uma aldeia! E não temos o hábito de domesticar animais, mas sim de caçá-los. Devemos obedecer aos desígnios da natureza. Quer dizer, não devemos atraí-los e torná-los nossos servos, até o momento do abate. Além disso, a nossa caça é um ritual sagrado, respeitado por várias gerações. [...] O ritual da caça confere identidade a nossos irmãos. São verdadeiras festas. Auroras e auroras em busca da presa perfeita! Nesse momento, é que conseguimos descobrir os bons e maus homens, aqueles que servem à tribo, e os que têm talento apenas para os serviços domésticos. Os banquetes também são maravilhosos, regados a muita carne, cerveja, homens e mulheres!"

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